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A Comissão Administrativa do Futebol Clube de Felgueiras, clube que
milita na série B, fase de manutenção, do Campeonato Portugal Prio, avançou ao
Expresso de Felgueiras que, “mantendo-se as atuais condições”, não avançará
para novo mandato.
A Comissão Administrativa do FC Felgueiras está em funções há dois anos
e termina o atual mandato a 31 de maio.
O coordenador da Comissão Administrativa do FC Felgueiras, Eduardo
Teixeira, considerou que no atual cenário não estão preenchidas as condições
para a comissão avançar para mais um mandato.
Eduardo Teixeira, Coordenador da Comissão Administrativa do FC Felgueiras. (clicar na imagem para ampliar) |
A falta de condições financeiras, como razão principal, a
disponibilidade pessoal e o desgaste familiar são razões apontadas pelo
coordenador para não considerar, para já, avançar para eleições.
No capítulo financeiro, Eduardo Teixeira destacou que a comissão
administrativa, que assumiu funções em outubro de 2014, encontrou o clube numa
situação difícil, agravada pelo facto de a anterior direção do clube se ter
demitido.
“Nestes últimos dois anos, conseguimos estabilizar financeiramente o
clube, que em agosto de 2014 se encontrava com um passivo de 110.000 euros.
Conseguimos corrigir cerca de 105.000 euros e evitar que o passivo aumentasse”,
afirmou, salientando que o passivo que a estrutura diretiva atual encontrou
correspondia a quase 70% de uma época.
“Assumimos uma gestão rigorosa com provas dadas no aspeto desportivo”,
acrescentou, referindo que o clube tem “as suas contas em dia e não deve nada a
ninguém”.
No campo desportivo, Eduardo Teixeira frisou que a estrutura diretiva do
FC Felgueiras obteve resultados importantes, nestes últimos dois anos, e lutou
pelos lugares que dão acesso à subida de divisão.
“Dignificámos o clube, a cidade e o concelho”, afirmou.
Foto: Armindo Mendes (clicar na imagem para ampliar) |
Sobre a saída do ex-técnico do Felgueiras, Nuno Pinto, o coordenador do
FC Felgueiras afirmou não compreender as razões que levaram o treinador a
deixar o clube.
“O treinador saiu porque quis, saiu de uma forma menos própria e até
inglória, porque o clube tinha todas as condições para o manter como treinador
principal. Lamento que o tenha feito. Desiludiu-me”, sustentou, sublinhando ter
sido pressionado para demitir o anterior técnico, mas optou por não o fazer.
Quanto aos objetivos que foram definidos com o anterior técnico, Eduardo
Teixeira afirmou que o clube tinha como propósito ficar nos lugares cimeiros,
na primeira fase.
A propósito, salientou que foi constituído um plantel de qualidade,
reconhecido por Nuno Pinto, com custos abaixo do de outras equipas candidatas a
subir de divisão, como o Fafe, o Vizela, o S. Martinho do Campo e a Oliveirense
e até do Trofense.
“Infelizmente não atingimos o objetivo de ficar nos primeiros lugares”,
lamentou.
Quanto
à saída de vários jogadores influentes na estratégia da equipa, Eduardo
Teixeira afirmou que essa é uma competência da direção e não do treinador.
“Quem decide a estratégia
do clube a nível orçamental é a direção. É evidente que não indo disputar o segundo
lugar e sabendo de antemão que não iríamos enfrentar o Fafe e o Vizela, que
eram as equipas mais fortes, optámos por reestruturar o plantel”, acrescentou,
prevendo que Felgueiras irá manter-se no Campeonato de Portugal Prio. “Deixámos sair os atletas com os subsídios
mais altos e apostamos em jogadores da equipa B e dos juniores”, disse, concluindo: “O
Nuno Pinto teve receio de não conseguir os objetivos da manutenção”.
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